Seu ecommerce não cresce por causa desses erros

Sabe quando você sente que está fazendo tudo certinho na sua loja online, mas as vendas simplesmente não vão pra frente? Ou pior: vendem, mas o dinheiro nunca sobra no caixa? Parece mágica ao contrário, né?

Pois é. A real é que, na maioria das vezes, o problema não é o tráfego, não é o Instagram, e não é o “público frio”.

O problema tá na base da operação — e você talvez esteja cometendo erros que parecem pequenos, mas que juntos formam um muro entre seu e-commerce e o crescimento real.

Então respira fundo, pega um café (ou uma água com gás se estiver em fase fitness) e vem ver se você está cometendo algum desses vacilos.

PRODUTO: o começo de tudo (ou o começo dos seus problemas)

1. Você tá comprando produto caro demais

Se você compra um item a R$ 30 e vende a R$ 60, mas o seu concorrente comprou a R$ 20 e também vende a R$ 60… adivinha quem vai conseguir anunciar mais, dar mais desconto e ainda lucrar?
Spoiler: não é você.

👉 Dica real: Comece negociando volumes pequenos, mas frequentes. Fornecedor ama cliente previsível.

2. Só tem produto com concorrência alta

Vender smartwatch no Mercado Livre? Boa sorte brigando com a Amazon e os caras que importam container da China.
Você não precisa fugir da concorrência, mas precisa ter algo que te diferencia: kit, brinde, nicho, atendimento, frete, qualquer coisa.

3. Deixa faltar produto de curva A

Sabe aquele item que vende TODO mês? Então, você tá esquecendo de repor.
É como uma padaria sem pão francês às 7 da manhã. Você pode até ter croissant, mas ninguém quer isso na correria.

4. Sua descrição parece rascunho de trabalho escolar

“Produto de ótima qualidade.” Tá, mas serve pra quê? Vem com o quê? Tem garantia? Pesa quanto? Vai funcionar com tal aparelho?
Sem SEO e sem informação = sem clique no Google e sem conversão.

5. Tem estoque cheio de encalhado e sem caixa pra campeão

Você investe pesado no produto errado, fica com o dinheiro parado, e quando o item campeão bomba… você não tem grana pra repor.
A clássica “empresa rica em estoque pobre em caixa”.

6. Não monta kits, não sugere complementos, não compara nada

O cliente compra um tênis e você não oferece meia?
Ele tá olhando uma camiseta e não tem uma tabela comparando os modelos?
Você está literalmente perdendo venda fácil.

FRETE: o vilão silencioso

1. Usa 10 transportadoras e não negocia com nenhuma

A ideia era boa: “quanto mais, melhor”. Mas no fim, você virou cliente pequeno pra todo mundo.
Zero desconto, zero prioridade. O frete sai caro, o prazo é ruim, e o cliente… some.

2. Dimensão errada no produto

Se você cadastrou a mochila como se fosse uma carteira, o sistema vai calcular um frete baratinho — e a transportadora vai te cobrar um rim depois.
Frete subfaturado = prejuízo certo.

3. Ainda leva os pedidos no ponto

Você vende pela internet mas entrega como se fosse 2003. Além de perder tempo, corre risco de atrasar e dar ruim com o cliente.
Existem soluções de coleta até pra MEI.

4. O frete é caro, o prazo é longo e ninguém te avisa

O cliente entra, vê R$ 29 de frete e desiste. E você nem fica sabendo.
Pior: você acha que o problema é o criativo do anúncio.

👉 Exemplo real: Um cliente nosso reduziu o abandono no checkout em 18% só adicionando a calculadora de frete direto na página do produto.

5. Embalagem mal feita

Se sua caixa é gigante, você vai pagar frete por volume, não por peso.
Uma caixinha compacta e bem pensada pode salvar sua margem.

PAGAMENTO: não é só passar o cartão

1. Não parcela, não dá desconto no PIX e ainda dificulta o pagamento

Quer vender, mas só aceita à vista, sem desconto, e ainda manda o cliente pra um checkout lento?
Aí fica difícil competir com os marketplaces, né?

2. Oferece 8 formas de pagamento e confunde o cliente

Não é cardápio de lanchonete. Quanto mais opção, mais tempo o cliente gasta pensando — e às vezes desiste no meio.

3. Checkout tosco

Se a pessoa clica em “comprar” e vai parar num site estranho, com um formulário quilométrico, ela foge.
O checkout tem que ser simples, transparente e passar confiança.

Dica real: Teste sua própria loja no celular. Faça uma compra como se fosse cliente. Se for chato pra você, imagina pra quem nem te conhece?

Checklist final (e salvador)

Agora que você entendeu os erros, que tal fazer um raio-X completo da sua operação?

Montei um checklist com todos esses pontos organizados — pra você marcar o que já faz bem, o que precisa melhorar e o que está sabotando seu e-commerce silenciosamente.

PRODUTO

Compra caro demais:
Falta negociação ou estratégia de precificação, o que reduz sua margem e competitividade.
Só tem produto com concorrência alta:
Entra em guerra de preços, briga com grandes players e perde dinheiro tentando acompanhar.
Deixa faltar produtos de curva A:
Fica sem os itens que mais vendem, perde vendas e decepciona o cliente.
Não usa IA para fotos e vídeos realistas:
Deixa de criar conteúdo visual atrativo e confiável, perde cliques e conversões.
Descrição fraca e sem SEO:
Não aparece no Google, não convence o cliente e reduz a taxa de conversão.
Estoque cheio de produto que não vende:
Fica sem caixa para investir nos produtos campeões e trava o crescimento.
Não cria kits:
Perde a chance de aumentar o ticket médio e girar produtos encalhados com inteligência.
Não oferece produtos complementares:
Deixa de aproveitar o momento da compra para vender mais.
Não tem comparação entre produtos:
O cliente fica na dúvida, não vê valor e abandona o carrinho.

FRETE

Usa 10 transportadoras diferentes:
Não tem volume para negociar com nenhuma, perde poder de barganha.
Frete caro:
Desestimula a compra no checkout, especialmente em produtos de baixo valor.
Dimensões do produto estão erradas:
Causa erro no cálculo do frete, prejudica a experiência e pode gerar prejuízo.
Prazo de entrega alto:
Perde para concorrentes que entregam mais rápido.
Despacha com atraso:
Gera desconfiança, aumenta o número de reclamações e prejudica a reputação da loja.
Ainda leva pedido no ponto:
Perde tempo operacional, não escala e trava a rotina.
Não oferece frete grátis estratégico:
Perde oportunidades de conversão por não estimular o aumento do ticket médio.
Não usa calculadora de frete no produto:
Cliente só descobre o valor no checkout e abandona a compra.
Não comunica bem o prazo estimado:
Deixa o cliente inseguro, o que afeta diretamente a confiança e a taxa de conversão.
Não usa embalagem otimizada:
Aumenta o custo de envio desnecessariamente, reduz margem de lucro.
Não envia código de rastreio de forma clara:
Deixa o cliente ansioso ou frustrado, o que pode gerar suporte e chargeback.
Não tem política de frete por região:
Trata todas as regiões de forma igual e perde competitividade em áreas-chave.
Fica refém dos Correios:
Depende de um único canal, vulnerável a greves e problemas operacionais.

MÉTODOS DE PAGAMENTO

Não oferece parcelamento:
Afasta clientes que precisam dividir o pagamento, principalmente em tickets maiores.
Não dá desconto no PIX:
Desperdiça a chance de incentivar pagamentos à vista que liberam o caixa na hora.
Oferece formas demais e confunde o cliente:
Muitas opções geram paralisia na escolha e aumentam a taxa de abandono.
Não valida se os métodos estão funcionando:
Corre o risco de falhas no checkout que matam vendas silenciosamente.
Não usa intermediador confiável:
Pode ter taxas abusivas ou até bloqueios de repasse.
Não tem boleto como opção:
Perde uma parte do público que prefere pagar assim, mesmo que demore a compensação.
Checkout é demorado ou com muitas etapas:
O cliente desiste antes de finalizar por causa da fricção na jornada.
Não mostra as condições de parcelamento no produto:
O cliente se sente enganado ao descobrir no final que não pode parcelar como queria.
Não usa checkout transparente:
Redireciona para outro site e quebra a confiança no momento mais delicado.
Não oferece pagamento via carteiras digitais (ex: PicPay, Mercado Pago):
Perde vendas de clientes que já têm saldo nessas plataformas ou preferem praticidade no mobile.